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Acordo Entre Mercosul e União Europeia Pode ser Fechado em 2012

      "O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia poderá ser fechado no próximo ano. Segundo Patriota, as discussões entre os dois blocos entraram em uma fase de "exame de ofertas melhoradas, com um cronograma acelerado".        - Muito trabalho já foi feito. É um bom prazo - disse o ministro.
       O prazo para um acordo foi levantado pelo presidente da Delegação do Parlamento Europeu para as Relações com os Países do Mercosul, o deputado espanhol Luis Yánes, que lidera uma visita de parlamentares a Brasília. Patriota lembrou, contudo, que as negociações ainda estão em curso entre os dois blocos.
       - Eu fico feliz que parlamentares europeus apoiem, mas os entendimentos e negociações são com executivos europeus - frisou Patriota, que participa nesta quinta-feira do Fórum Econômico Mundial para a América Latina, no Rio.
        Patriota sinalizou que o bloco quer aproveitar o momento econômico para negociar o acordo. Ele lembrou que o Brasil cresceu quase 8% no ano passado, enquanto países do bloco europeu ainda enfrentam dificuldades após a crise financeira internacional.
      - Somos um mercado e parceiro muito atraente para a União Europeia. Eles enfrentam dificuldades, ainda que tenham países com economia mais robusta, como Alemanha - disse Patriota.
       Os próprios países europeus seguem, no entanto, divididos sobre o acordo, que envolve a abertura do mercado agrícola europeu para produtos brasileiros e de produtos industriais no Brasil para estrangeiros.
        Enquanto países como Alemanha pressionam por um acordo de olho no crescente consumo doméstico da região, produtores rurais menos competitivos de países como Irlanda e e algumas regiões da França temem a entrada de produtos brasileiros em seus mercados.
        Perguntando se os países da região estão divididos, Patriota disse que "é melhor perguntar isso para eles".
         O ministro voltou a defender a reforma das Organizações das Nações Unidas (ONU) e de seu Conselho de Segurança e citou avanços dos países latino-americanos em questões como reforma da governança global, cooperação econômica e financeira.
      - O que falta agora é reformar as Nações Unidas e o Conselho de Segurança. É a abordagem que temos assumido e vejo um sentimento internacional importante a esse respeito.
        Durante o painel sobre o papel da América Latina na governança global, José Miguel Insulza, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), enfatizou a posição de liderança do Brasil e defendeu a entrada do país no Conselho de Segurança.
       - A presença do Brasil ia fortalecer o conselho e melhorar sua capacidade de reação. A América Latina precisa estar representada. E, para isto, entendo que seu maior país seria o melhor representante - disse. "

Fonte: Jornal O Globo.

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